Bom, mesmo tendo visto o original pela última vez há mais de duas décadas, em uma Sessão da Tarde qualquer, dá para garantir que as mudanças vieram para o bem. O Sr. Han do Jackie Chan não deve em nada ao Sr. Miyagi do saudoso Pat Morita (1932-2005). E se Jaden Smith não carrega ainda o mesmo carisma do pai, ao menos não compromete, e pode até surpreender nas cenas finais do treinamento, em que parece realmente envolvido no processo, suando as suas tranças.
De resto, a história continua bastante similar à original. Um jovem é obrigado a se mudar com sua mãe para uma nova cidade e lá passa a ser perseguido por valentões locais que treinam sob a influência de um professor que não entende o verdadeiro significado das artes marciais, que pregam a paz. Para este mestre, o que vale é causar o máximo de danos possível ao adversário. Sem fraquejar, sem dor, sem misericórdia. Cabe então a um velho para quem ninguém dava nada, a missão de pegar esse menino fraco e desacreditado e ensiná-lo. O treinamento começa antes do guri saber, em atos do seu dia-a-dia, e culmina em um campeonato, onde o "saco de pancada" vai ter de enfrentar o seu nêmesis.
Ah, sim, e ainda tem o interesse romântico... o que é estranho pois agora estamos falando de um menino de pouco mais de 10 anos de idade. Mas vamos tentar relevar esse fato e alguns outros problemas que surgem no caminho. Afinal, foram surpreendentes os 56 milhões de dólares que o filme fez na sua estreia nos cinemas dos Estados Unidos, mas totalmente justificados, e mostram que apesar de substituir a arte marcial, os produtores estavam certos quando escolheram recontar a história.
E pensar que este é só o começo - ou melhor, recomeço.
Karatê Kid estreia no Brasil em 27 de agosto.
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Se não tiver o clássico, lixar chão, pintar cerca não vai ter graça!